"Quero perder barriga!" — Uma frase que ouvimos vezes sem conta, e que, apesar de comum, esconde uma complexidade muito maior do que aparenta. Esta foi a temática da centésima quinquagésima aula do programa que, com paixão e realismo, ajuda mulheres a transformar o corpo e a mente através da alimentação e do estilo de vida.

Mas afinal… o que significa mesmo “perder barriga”? E será que sabemos por onde começar?

 

Dicas vs. Diagnóstico: A realidade da obesidade

Num tom direto e empático, a aula começa por desconstruir dois conceitos-chave: “dicas” e “barriga”. A palavra “dicas” é apelativa, mas redutora quando falamos de obesidade, uma doença crónica que exige acompanhamento profissional contínuo. Não é com truques isolados que se alcançam resultados sustentáveis.

Assim como a diabetes tipo 1, a obesidade pode ser gerida com sucesso ao longo da vida — mas exige compromisso com um estilo de vida saudável, prazeroso e consistente.

 

“Quero perder barriga!” – Mas qual é o verdadeiro problema?

Existem três perfis comuns de quem quer “perder barriga”:

  1. Pessoas com excesso de peso ou obesidade, onde a barriga é apenas o reflexo mais visível de um problema sistémico;
  2. Pessoas com peso adequado, mas que ambicionam um "six-pack", sem compreenderem o tempo e disciplina necessários;
  3. Pessoas com desconforto intestinal, que confundem inchaço com gordura abdominal.

     

Cada caso exige uma abordagem distinta. Não há soluções universais — mas há princípios fundamentais e eu posso ajudar-te com isso. 

A Verdade: Não é possível perder gordura de forma localizada

Não existe a dieta do ananás para perder barriga, nem a do peito de frango para ganhar maminhas. A perda de peso localizada é um mito persistente, mas falso. O que sim existe é a perda geral de massa gorda, e esta tende a acontecer nas zonas onde há mais acumulação.

A escolha, muitas vezes, torna-se emocional: “Prefiro manter as maminhas ou perder barriga e ganhar saúde?” A resposta certa é sempre aquela que coloca a saúde em primeiro lugar.

 

Saúde em primeiro lugar: O perímetro abdominal

Perder barriga vai muito além da estética. Um perímetro abdominal superior a 88 cm nas mulheres e 102 cm nos homens é um indicador de risco cardiovascular elevado, mais relevante até do que o IMC.

Esta gordura visceral, escondida à volta dos órgãos, é altamente inflamatória e está associada ao desenvolvimento de doenças crónicas como hipertensão, diabetes tipo 2 e dislipidemias.

 

Três caminhos, um propósito: Cuidar de ti

1. Excesso de peso/obesidade? Prioriza o défice calórico.

Passar pelas 3 fases e pelos 8 pilares da Roda da Liberdade Alimentar:

  • Quantidade Alimentar
  • Felicidade Alimentar
  • Planeamento
  • Hidratação
  • Variedade
  • Qualidade
  • Consciência
  • Alimentação Intuitiva

     

2. Queres um six-pack? Cultiva a paciência e a exigência.

  • Persistência, insistência e… paciência!
  • Nutrição de alta qualidade: mais proteína, menos gordura e hidratos simples.
  • Exercício físico regular, descanso adequado e trabalho emocional: meditação, journaling, autocuidado.

     

3. Desconforto intestinal? Escuta o teu corpo.

  • Inchaço, cólicas, obstipação ou diarreia? Cada sintoma tem causas e soluções diferentes.
  • Intolerâncias? Ciclo menstrual? Microbiota desequilibrada?
  • Dica-chave: hidratação e variedade alimentar são os pilares de um intestino saudável.

     

A dica mais importante: Pede ajuda profissional

Não tenhas medo nem vergonha de pedir ajuda. Ter coragem para iniciar um novo caminho é o primeiro passo para a tua transformação. O método aqui defendido não proíbe alimentos, não promove dietas restritivas, nem fomenta a culpa. O foco está numa reeducação alimentar saudável, prazerosa e sustentável.

A tua autoestima merece ser cuidada. E cuidar de ti é também cuidar dos que te rodeiam.

 

Estás pronta para priorizar-te?

Perder barriga é apenas o ponto de partida. O destino? Uma vida com mais saúde, mais energia, mais amor-próprio. Tudo começa com uma escolha: tornar-te a protagonista da tua própria transformação.

? Junta-te ao meu acompanhamento. Participa nas aulas. Partilha a tua jornada. Porque, juntas, somos mais fortes!