Nos dias de hoje, o mundo das dietas está repleto de opções. Desde a dieta low-carb até a alimentação intuitiva, cada método promete resultados. Mas afinal, qual é a melhor dieta para emagrecer? A resposta pode supreender: a melhor dieta é aquela que consegues seguir a longo prazo e que se adapta ao teu estilo de vida. 

Vamos explorar algumas das dietas da moda e entender como cada uma delas funciona. 

Dieta Low-carb

A dieta low-carb reduz significativamente a ingestão de carboidratos, focando-se em proteínas e gorduras. Este tipo de dietas assusta muitas vezes as pessoas, principalmente porque alimentos como arroz, massa e batata são comuns na alimentação portuguesa. Perguntas como “Arroz faz mal?” e “Pão engorda?” são frequentes, mas a chave é entender o que realmente está incluído neste grupo alimentar. 

Evitar completamente carboidratos como arroz, massa e batata pode ser ineficaz se substituirmos esses alimentos por doces, biscoitos e frutas em excesso. A sustentabilidade da dieta low-carb depende de um equilíbrio e de uma verdadeira compreensão dos alimentos consumidos. 

Dieta Cetogénica 

A dieta cetogénica é uma versão extrema da Low-carb, onde a ingestão de carboidratos é reduzida a 20-50gr por dia. Isso força o corpo a entrar em cetose, utilizando corpos cetónicos como fonte de energia alternativa. É uma dieta altamente restritiva que elimina quase todos os carboidratos, incluindo legumes, laticínios e leguminosas. 

Embora possa ser bastante saciante e tenha benefícios em contextos específicos como epilepsia, acne ou diabetes tipo II, a cetogénica exige um controlo rigoroso da ingestão de proteínas e gorduras. Além disso, a preservação da massa muscular depende do treino de força regular. 

Dieta Paleolítica 

A dieta paleolítica defende uma volta aos hábitos alimentares dos nossos ancestrais, eliminando laticínios, leguminosas, cereais e alimentos processados. Concentra-se em carnes, peixes, ovos, vegetais, frutos secos e frutas em moderação. 

Apesar de promover o consumo de alimentos naturais, esta dieta pode ser desafiadora em termos de carências nutricionais, especialmente de cálcio, e pode ser economicamente elevada e ambientalmente insustentável. 

Jejum Intermitente 

O jejum intermitente não é uma dieta específica, mas um padrão alimentar que varia entre períodos de jejum e alimentação. Os benefícios metabólicos do jejum intermitente dependem da restrição calórica. A perda de peso ocorre da mesma forma que qualquer outra dieta de restrição calórica.

Os estudos em animais são promissores, mas os humanos têm um contexto social e emocional ao redor da alimentação que os ratos de laboratório não têm. Portanto, a aderência e o sucesso do jejum intermitente dependem muito do comportamento individual.

Dieta Flexível

A dieta flexível é baseada no controlo de calorias e macronutrientes, sem proibir nenhum alimento. A ideia é simples: desde que estejas em défice calórico, podes comer o que quiseres.

Isto oferece grande liberdade e pode ser mais sustentável a longo prazo, mas a falta de foco na qualidade dos alimentos pode levar a deficiências nutricionais. É fácil cair na armadilha de consumir alimentos menos saudáveis simplesmente porque se encaixam nos objetivos calóricos diários.

Alimentação Intuitiva 

A alimentação intuitiva é uma abordagem que visa reconciliar a relação com a comida, rejeitando a mentalidade das dietas restritivas. Enfatiza a escuta dos sinais de fome e saciedade do corpo, evitando a culpa associada a certos alimentos e promovendo uma atitude saudável em relação à alimentação e ao corpo.

Embora não seja uma dieta no sentido tradicional, a alimentação intuitiva pode ser uma forma poderosa de alcançar um peso saudável de maneira natural e sustentável, focada no bem-estar geral em vez de apenas na perda de peso.

Então, qual é a melhor dieta? 

A verdade é que qualquer uma destas dietas pode funcionar para emagrecer, desde que mantenhas défice calórico e consigas aderir ao plano a longo prazo. A escolha da dieta deve ser baseada nas tuas preferências pessoais, no teu estilo de vida e nas tuas necessidades individuais.

Não tens fome de manhã? O jejum intermitente pode ser uma boa opção. Não consegues viver sem pão e massas? Talvez a dieta paleolítica, cetogénica ou low-carb não sejam para ti.

A questão não é encontrar a melhor dieta, mas encontrar a TUA melhor dieta. Personaliza a tua abordagem considerando os teus valores, conveniências e preferências. Lembra-te, a adesão ao plano alimentar é o fator mais importante para o sucesso no emagrecimento a longo prazo.

E, por fim, é crucial manteres um espírito flexível e não ser extremista em relação à alimentação. O equilíbrio, a moderação e a felicidade junto com as escolhas alimentares são fundamentais para uma vida saudável e sustentável.